De manhãzinha, no nascer do sol, seu Raposo andava pelo bosque e, ao passar perto de uma lagoa, viu uma quantidade enorme de peixes nadando. Eram tantos peixes, e ele tão esfomeado, que resolveu tentar a sorte. Improvisou uma vara com um comprido galho seco e, em pouquíssimo tempo, pescou três grandes peixes. Contente com a pescaria, partiu para casa; ao chegar, colocou os peixes em cima da mesa e disse à esposa: — Olhe só a sorte que tive hoje! — Oh! Que peixes enormes! – exclamou dona Raposa, já com água na boca. — Pois é. Eu como um, você outro e ainda vai sobrar um... Por isso, pensei em convidar comadre Onça para almoçar; é sempre bom agradá-la... — Você é quem manda, querido. Vou fritar com muito cuidado; ficarão deliciosos! Ande, vá convidar a comadre! Mal seu Raposo saiu em busca de comadre, dona Raposa se pôs a preparar os peixes. Quando ficaram bem fritos, o cheiro era tão apetitoso que ela murmurou: — Vou experimentar um pedacinho de nada do meu para ver se ele ficou
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